quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Castelo nada! Apenas um edíficio.

Certa vez escrevi uma carta aos meus queridos vizinhos, uns nem tão queridos assim, outros já com uma afinidade maior. Mas de fato é que há tempos algumas situações andaram ganhando a minha atenção aqui no Edíficio Castelo de Paiva, edíficio que por sinal só tem de castelo o seu nome.
São situações de egoísmo, situações desagradáveis de pura falta de bom senso e o pior, situações que nos permite notar que ainda é possível nos dias atuais a existência de pré conceito. Falo de pré conceito geral, desde racial ao trabalhista, falo de pré conceito humano, falo de uma coisa feia e suja que se instalou de forma sórdida em distintos aspectos no meu querido "Castelo".
Nesta carta que enviei aos outros moradores, disse à eles que não permitissem que nossas mentes e corações se entregassem à sujeira do ócio, pedi para que todos se preocupassem com a própria vida e que largassem essa falta do que fazer diária e agissem na direção do bem comum de todos, um bem para o nosso convívio social. Ou será que não vivemos em uma sociedade? Acho que vivemos sim meus amigos, vivemos em uma sociedade repleta de hipocrisia e demagogia barata, vivemos em um conjunto social que se torna podre e desgraçado por nós mesmos, vivemos de forma pequena e medíocre, simplesmente pelo fato de que por diversas vezes nos preocupamos muito mais com a vida do próximo, quando seria muito mais inteligente nos preocuparmos apenas com nossa própria vida.
Vamos lá, pensem comigo... Meus queridos vizinhos poderiam aprender a viver melhor em grupo, em harmonia, vamos nos sociabilizar de maneira positiva, nos unir em busca de prosperidade, não em busca de inveja e maldade, vamos deixar nosso semelhante em paz e respeitar o espaço de cada um, vamos iniciar um processo de paz, um ciclo de tranquilidade, harmonia e é claro, respeito. Não precisamos gostar do outro, mas de fato o interessante e fundamental é que exista o respeito entre todos. Meus vizinhos poderiam ao menos se dar um simples "bom dia", isso já seria um grande passo em busca de uma vida melhor em conjunto. Mas tudo bem, mesmo que não queiram se falar, repito, ao menos vamos nos respeitar!
Outro dia por exemplo, acordei com um som ensurdecedor...
Quando realmente me senti acordado, pude notar que o vizinho do lado estava se acabando ao som do tamborzão, curtindo de maneira enlouquecedora o som do batidão.
O funk estava rolando solto no "Castelo" logo de manhã cedo....
Bom, minha indignação não é com o gênero musical, pois a questão aqui não é o funk, o pagode ou a bossa nova, o fato é que em plena manhã o som estava extremamente alto, mas calma queridos, pois também não vejo a altura do volume como o maior problema, eu mesmo sou um que quando quero coloco o Michael Jackson pra cantar bem alto aqui em casa. Mas vou chegar aonde quero...
O funk que estava rolando na casa do vizinho ao lado, cujo nome apelidei de "Japão", dizia em suas letras musicais uma coleção de palavras ofensivas e sujas, palavras que eu falo quando estou irritado ou quando me vejo apenas entre os amigos mais intimos. Eram palavõres mesmo!
Mas será que a senhora de idade do outro apartamento é obrigada a ouvir certos nomes, certas palavras de sentido tão sujo? Imagine se naquela manhã eu estivesse recebendo você meu querido leitor na sala de estar da minha casa? Além de tomar um café comigo, poderia se acabar ao som da Furacão, caso desejasse...
Enfim, de fato o que quero dizer é que esse tipo de coisa é uma falta de respeito e bom senso, falta de educação também, mas não acredito muito que a galera do "Japão" saiba e entenda bem o significado dessa palavra. Antes que me perguntem o motivo de ter apelidado os vizinhos do lado de maneira que os tornem japoneses, vou logo dizendo...
É simples, o fato é que quando eu me preparo para dormir, eles parecem estar acordando, são panelas fazendo barulho, crianças gritando ao brincar, crianças gritando e chorando ao apanhar, parecem até que estão sendo executadas... É uma loucura o lado oriental do meu "Castelo".
Bom, sempre que apontamos um dedo para o nosso semelhante, não podemos esquecer que outro dedo está sendo diretamente apontado para Papai do Céu e que os outros três dedos que restam em nossa mão, estão sendo apontados contra nós, por tanto é fácil notar que não temos que ficar apontando as falhas e os erros dos outros de forma que não visa a melhora, ao invés de criticarmos e de querermos derrubar as pessoas temos que nos preocupar em ajudá-las, em nos unir de maneira que possamos obter um bom resultado nas ações e situações diárias.
Acredito que diante dos fatos que contei e das idéias que coloquei, possamos todos enxergar a importância do respeito em nossas vidas. Ao invés de usar nossas mãos, mentes e corações para denegrir imagens, para prejudicar nossos semelhantes, temos que deixar de lado essa eterna falta do que fazer e falar, para que assim possamos tomar atitudes mais produtivas, que nos façam crescer e nos tornar seres melhores em vida.


Anderson

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