terça-feira, 11 de agosto de 2009

O Glorioso

Salve o nosso querido glorioso, de tantas glórias e conquistas, de tantas partidas memoráveis, tantos craques... Ah tempos bons, em que Nilton Santos, Zagallo e outros formavam uma verdadeira seleção ao lado do Mané das pernas tortas. Sim... aquele que nasceu em Pau Grande e conheceu o mundo, conquistou o Chile em 62, conheceu a bebida também e sem se separar dela, foi da glória da bola ao fundo do poço da cachaça, mas não há como negar, não há como não ligar o querido clube da Rua General Severiano ao craque que virou uma eterna estrela solitária. O hino já diz com sabedoria, que a tradição do Botafogo se extende aos milhões, a força de sua tradição empurra e embala o time que tantas vezes se fez campeão, desde 1910 foi crescendo essa união, ah Botafogo de Futebol e Regatas... ninguém pode calar esse amor eterno, amor que é fiel, que é firme, que é bonito. Parabéns aos meninos do Cuca, parabéns ao Cuca, que consegue fazer de um time sem grandes estrelas, uma bela equipe, na qual a estrela maior não é solitária, pois se trata do conjunto, da cooperação, do compromisso com o trabalho e meta... Botafogo do Jorge Henrique, que com sua velocidade enlouquece os adversários, Fogão do Diguinho que quando lhe falta criatividade, lhe sobra fúria e combate. É amigos... o Botafogo foi ao Maracanã e lutou até o fim, bloqueou as principais armas do Fluminense, teve sorte ao ver o grandalhão Washington perder o pênalti, marcou firme e de maneira compacta... contou com a boa partida do lateral Alessandro que por pouco ficou sem deixar sua marca. Enfim... no fim de tudo ainda viu o zagueirão Renato Silva dar uma de atacante e como se não fosse suficiente, deu uma de artilheiro, num chute cruzado, meio que embolado, lá estava o "homem gol" do Fogão, o herói da decisão... Com toda alegria, com toda empolgação, mas principalmente, com luta, trabalho e compromisso com o objetivo, o Botafogo fez por merecer mais essa conquista e certamente, terá plenas condições de brilhar na decisão do Estadual contra o Flamengo...

Parabéns ao Botafogo de Futebol e Regatas...

Anderson

terça-feira, 3 de março de 2009

O carnaval futebolístico

O futebol nos mostra diversos nomes, diversas personalidades, pessoas comuns, simples que através do seu talento e dom conseguem se tornar ídolos. Existem aqueles que se tornam ídolos e são vistos como exemplo, outros não são o exemplo considerado ideal, mas nem por isso deixam de ser ídolos, vamos encontrar também aqueles que não possuem muito talento e estão longe de terem recebido o dom da bola, mas conseguem obter fãs. Futebol é uma grande mistura, gente de todo tipo, gente honesta e gente safada, gente boa e gente ruim, craques de bola e um monte de pernas de pau, futebol é mágico, futebol pode ser visto no gueto ou na burguesia, na Vila da Penha ou na Freguesia, em qualquer país, em qualquer lugar, futebol é uma união, é globalização!
Acompanho futebol há tempos e já vi muita gente boa dentro de campo, posso citar alguns assim de maneira rápida, como Roberto Baggio, o italiano que ficou mais conhecido no nosso país ao perder a penalidade na final da Copa de 94 e garantir o Tetra ao Brasil. Poderia falar do Mané de pernas tortas, aquele que só vi jogar em tape, mas que pra bom entendedor já é o suficiente, Garrincha foi um anjo solitário da bola. São muitos os craques, Maradona que apesar de ter usado “a mão de Deus”, na verdade era com os pés que fazia coisas divinas. Poderia citar o maior ídolo da história do Flamengo, Zico que foi exemplo dentro e fora dos gramados, poderia falar de muitos... Do Renato, Djalminha, do espanhol Hierro, são tantos nomes, tantas figuras, co mo não vou citar o figurão Túlio Maravilha e não dizer á ele "gostamos de você"? São muitas as histórias, muitos os lances, jogadores falastrões, foliões da bola, futebol é isso é um baile, um carnaval de emoções com seus mais diversos personagens.

Anderson

O menino de todos os corações

Há bastante tempo atrás nascia um menino como qualquer outro menino que poderia estar nascendo naquele mesmo momento. Seu nome era Edson, mas calma, não pensei que pelo tempo verbal que utilizei ali atrás estou querendo dizer que o menino já morreu, claro que não... O menino vive ainda e vive bem, diga-se de passagem, o menino nem é mais tão menino assim, foi menino em Três Corações, aonde nasceu, em Bauru, aonde cresceu e em Santos, aonde amadureceu como o Menino da Vila, sim... Edson deixava de ser Edson e se tornava Pelé.
Pelé fez da Vila Belmiro a Vila Famosa, Pelé fez da Vila a sua casa, sua sala de estar, aonde ele conquistou títulos, marcou inúmeros gols e fez da camisa 10 do Santos Futebol Clube um manto sagrado.
Pelé é um símbolo, uma marca, referência maior no assunto futebol, dono da bola, dono da festa, fez dos gramados seu palco, fez da seleção brasileira uma seleção respeitada pelo mundo inteiro, Pelé vai fazendo por onde passa sucesso. Foi assim desde os tempos de Vila até chegar à Suécia, até passar pelo Chile e se consagrando no México. Pelé é o Rei da Bola, o Menino Rei da Vila, Atleta do Século, Pelé é nosso.
Pelé que de Três Corações partiu para o mundo, com maestria soube encantar e conquistar todos os corações daqueles que o viram desfilar seu futebol, sua magia, sua arte, Pelé artista da bola, gênio como Da Vinci, afinado como uma ópera, Pelé é o Edson, é o Pedro, é o Betão, Pelé está na sua memória e mesmo quem não gosta dele, vai guardá-lo sempre no coração.

Anderson

Falando um pouco de futebol...

Futebol mexe tanto comigo que sou capaz de possuir um coquetel de emoções em relação a ele, é um encontro de diversos sentimentos... Posso falar bem, com paixão, amor e carinho, posso ser cômico ao relembrar situações dentro do futebol, posso ser biográfico e falar da vida de gente que foi importante dentro do futebol. Na verdade o futebol e essa relação com a bola me fornecem uma grande carga de gêneros, nos quais posso tocar no assunto sem parecer um apaixonado sonhador, mas também não me torno um carrasco falador.
Enfim, o futebol é grandioso demais para minhas pequenas palavras, mas em diversos momentos não posso me calar diante de fatos marcantes, de lembranças boas e ruins, não posso me omitir, é como em campo, preciso pegar a bola e criar alguma jogada, alguma situação que possa resultar em gol.
Na escrita a forma que encontro de ser um bom jogador é retratando toda a verdade daquilo que penso, assim como com a bola nos pés eu vou conduzindo o texto com verdade, vontade de chegar no lugar mais importante, seja numa crítica que faço, numa observação sobre algum tema, seja da maneira mais simples, procuro conduzir meus textos, da mesma maneira que atuo nos gramados.
Para muitos o futebol é apenas uma brincadeira de bola, um esporte ou uma forma de ficar rico, obter as melhores mulheres e carros. Futebol não é assim, essa coisa bonita que se vê pela televisão, não é um mundo tão colorido e romântico como se lê nos jornais. Por trás de toda essa beleza, essa pintura que se vê através da mídia, existe um mundo difícil e certas vezes até obscuro, sem sequer uma cor para se colorir.
Falar de futebol pra mim é como falar de mim mesmo, logo se torna fácil e perigoso, sim... Fácil pela intimidade que tenho com o assunto, pela vivência que tenho no futebol, simples por ser algo que eu amo muito, mas se torna perigoso, pois corro o risco de não ser imparcial em algum momento, pode ser perigoso também pelo fato de que a minha experiência no futebol me faz enxergar as coisas com uma maturidade maior, que me permite saber e falar a verdade sobre esse mundo mágico que é a o mundo da bola.

Anderson

A viagem interminável do pensar

Falando um pouco mais dessas viagens, posso dizer desde já, esse lance de livro está sendo uma viagem total dos meus pensamentos, não sei se minha idéia inicial era essa, mas percebo que é esse o caminho que estou seguindo, mas o curioso é que nunca sei para onde eu vou, aonde e se irei chegar, mas o pior é que não sei para onde vou levar você que está aí na minha garupa.Tem momentos que consigo enxergar minhas palavras transitando pelas cidades grandes como Rio de Janeiro e São Paulo, vejo meus pensamentos caminhando pela Rua do Lavradio, na minha querida Lapa, encontro-me com a força do sentimento que tenho dentro de mim por becos sutis no centro da cidade maravilhosa, vejo travestis, simpatizantes, vejo homem com homem, tem mulher com mulher, tem drogas, sexo, tem uma diversidade cultural muito grande, skin hads num canto, roqueiros e metaleiros no outro, tem a galera do Samba, da Bossa Nova, tem o pessoal do funk, mas também encontro o pessoal da MPB.
Minhas palavras se deparam com a triste realidade da criança que deveria estar dormindo, mas está vendendo bala, minha palavra percorre pela Lapa e se encontra com as patricinhas que chegam de Ipanema, Leblon e por toda orla, mas também se esbarra com as meninas e meninos da Zona Norte, os tais suburbanos que essas divisões sociais pincelam como algo menor. Mas isso não importa agora, ainda não quero falar da diferença existente entre os povos, só quero mostrar que a viagem existe o tempo todo em nossa vida e neste momento, por exemplo, nem estou mais no Rio. Não percebeu? Fiz a ponte área já, estou aqui andando pela Rua Augusta, assustado com o tamanho e com a quantidade de prédios, assustado também com a geladeira e com o fogão que estão ali mergulhando intensamente no Rio Tietê. Nesse momento meu pensamento de espanto já não estava mais ali, pois ao me assustar com essa grandiosidade do mundo capitalista que se encontra em São Paulo, me enfiei dentro de um avião e fui diretamente para a minha charmosa Paris, não quis nem saber, não deixei recado com ninguém, coloquei algumas coisas na mochila, e segui direto para o aeroporto, acho que estava precisando sair do Brasil por um tempo, avaliar de longe as idéias que eu havia criado sobre esse país nosso que consegue ser mutuamente tão rico e tão pobre. Estava de saco cheio de ouvir o povo reclamando do Itamar, do Fernando Henrique e do Lula, o povo reclama, mas não faz nada, só reclama, é um bando de chorões de braços cruzados, reclamam do salário mínimo que de mínimo realmente tem tudo, mas também não se esforçam, para conseguir um emprego melhor, aliás, o que muitos querem são empregos, mas esquecem que o importante para conseguir um bom emprego é trabalhar. Outra coisa que estava me irritando no Brasil é esse papo de celebridade, aqui uma mulher com nome de fruta ganha milhões pra mostrar o que vai ficar podre no futuro, tudo bem, enquanto está maduro a gente até dá uma olhada bem atenta, mas isso só porque somos tolos, veja só, o chorão e honesto trabalhador que reclama que ganha uma merreca pra sustentar sua família com treze filhos, é o mesmo babaca que compra essas revistas masculinas com essas mulheres aparecendo sem suas cascas, levando em conta que cada revista dessa vale aproximadamente cinco ou seis reais, puxa vida... No lugar dessa revista o Amarildo poderia estar comprando três caixas de leite para alguns de seus treze filhos, mas não... Com toda sua tolice hormonal, ele preferiu se esbaldar com a revista da tal mulher fruta. No fim das contas, ele ajudou a enriquecer a vida de uma nova celebridade, gastou o dinheiro do leite e ainda descobriu que a mulher fruta já perdeu o espaço, a moda agora é a mulher carne, sim, acho que é Mulher Filé.Tudo isso me faz pensar muito, vejo que tenho que estudar de verdade, mas por falar em Mulher Filé, o que me fez realmente tomar a decisão de ficar um tempo fora do Brasil foi quando percebi realmente que hoje em dia qualquer pedaço de bife vira estrela nacional.

Anderson

Ainda em Paris...

Depois de algumas observações, de percepções que tive sobre o momento do nosso país, realmente disse para mim mesmo: “Preciso do Louvre para me acalmar.” E naquele mesmo dia, no qual estava em São Paulo, já quase no fim da tarde, embarquei para Paris. Chegando lá fui para o mesmo hotel em que fico desde 1998 quando estive por lá para assistir aos jogos da Copa do Mundo da França. Confesso que exausto não tive forças para mais nada, tomei um banho e logo caí na cama, dormi como uma criança levada que fez arte o dia inteiro e só acordei no dia seguinte.
Naquela manhã estava disposto e de encontro com a minha disposição recebi logo no café da manhã um convite de uma moça muito bonita, ela estava sentada por perto, veio até minha mesa e me convidou para fazer parte do grupo de brasileiros que estavam mostrando os pontos turísticos aos franceses. Era um projeto interessante do hotel naquela época do ano, fazer com que Paris fosse mostrada ao seu próprio povo pelos olhos dos turistas. Como estava disposto naquele dia e cheio de vontade de não pensar no Brasil, logo aceitei o convite da tal moça, ela se chama Justine, uma francesinha linda que mais tarde com muita conversa me levaria para a cama com todo aquele seu charme e beleza retratada em seu corpo. Mas isso não vem ao caso agora, desculpe, é que acabo me deixando levar pelas emoções mais calorosas e Justine foi sim, uma mulher muito fervorosa nessa minha passagem por Paris.
Ao terminar o café da manhã, logo me posicionei diante dos outros monitores do projeto, fui apresentado e logo fomos ao trabalho, mas para mim aquilo era uma diversão sem custo e a oportunidade de saber mais sobre aquela mulher que com ousadia veio me convidar para passear ou trabalhar, ah sei lá!
Saímos do hotel e fomos caminhando, Justine falava muito e rápido o que me atrapalhava a entender, pois ela fala francês, diferente de mim que falo um pouco disso, um pouco daquilo, arranho um tanto do outro e assim vou me virando. Mas Justine não, ela possui uma imponência, um atrevimento, um modo de agir, uma atitude no falar que estava me deixando encantado. Talvez seja aquela velha história de que todo homem na verdade quer uma mulher que mande nele, talvez tenha sido isso, pois desde inicio Justine mandou e desmandou em mim, me fez de gato e sapato, mas não me maltratou, calma não pensem que ela me usou.
Ela foi fantástica, comandou com maestria o passeio, depois me convidou para almoçarmos, mas eu já havia percebido que seus convites eram na verdade decretos, como sou obediente e sei respeitar os desejos de uma bela mulher, logo me vi pedindo um bom vinho para tomarmos enquanto o prato principal não chegava à mesa. Foi assim que na suavidade do vinho, notei a sensibilidade no olhar daquela mulher de capa dura, ela tinha atitude nas palavras, mas não deixava apagar a doçura de seus lábios. Ela me mandava chamar o garçom, mas na hora de trocarmos os primeiros toques, ela me pediu carinho, mas nem por isso deixou de controlar a situação, pegou minha mão e a conduziu até seu rosto, fazendo com que eu tocasse seus lábios que não me parecia nada frio, sem falar, sem mandar, ela me levou, ela me conduziu com a atitude de sempre até seu corpo.
Com a garrafa de vinho nas mãos me levantei da mesa e demonstrei que iria assumir o controle da situação, tentativa inútil de me ver no controle da nave da sedução, na mesma hora que me viu em pé, Justine já estava me puxando pelas mãos, estávamos no corredor do meu andar, indo em direção a minha porta, mas sem que houvesse uma ordem em bom som, minha boca foi aquecida pelo calor da boca daquela francesinha linda, ali mesmo nos beijamos, ali mesmo Justine tirou minha camisa e só não me teve por inteiro ali no corredor pois no fundo ela não quis me ter ali, ou você duvida que se ela quisesse me teria em qualquer lugar de Paris?
Ao entramos no quarto logo estávamos na cama, entrelaçados por todo sentimento, dos mais doces aos mais apimentados, dos mais puros até aos mais safados, a cada toque, a cada olhar, ela ia me dizendo o que fazer com ela, não que eu precisasse nessa altura da vida de uma professora sexual, mas apenas porquê ela queria ter o controle e eu como um bom aluno me permitia receber os ensinamentos e ser conduzido por ela.
Após passarmos a tarde toda fazendo amor, Justine já dormia em meus braços. Nessa hora ela não mandava, não me levava, era apenas a doce menina, despida, com sua pele macia encostada no meu corpo, com seu corpo vulnerável aos meus toques, aos meus desejos. Justine dormia com o semblante suave, com a verdade estampada em seu rosto, uma verdade que dizia que controlar não é uma questão de querer e sim uma questão de saber entender a arte que existe em você. Justine me ensinou muito, não a fazer sexo, mas certamente me ensinou que um simples passeio pelas ruas de Paris, pode se transformar numa bela e especial tarde de amor, com muita volúpia no sexo, com tesão se misturando à intensidade da paixão.
Minha passagem por Paris estava apenas começando, era o inicio de uma aventura, de uma viagem inesquecível.
Após algumas semanas na capital Francesa, sendo guiado e conduzido pelos desejos mais profundos de Justine, já estava bem à vontade, é fácil para obter uma rápida adaptação quando se trata de Paris. Suas histórias, sua arte, museus, ruas significativas, bares e restaurantes, todo esse conjunto me cativa, me acolhe, me chama para si, Paris é uma espécie de imã para quem sabe apreciar um bom vinho, uma bela paisagem e pessoas com histórias distintas e bem simples, mas que ao serem contadas se tornam tão semelhantes aos mais belos contos dos grandes escritores. Logo se tornam histórias especiais.

Anderson

A temperatura das palavras

Palavras possuem uma temperatura muito particular, podem ser quentes se forem românticas, podem ser quentes quando forem ofensivas, tudo depende da maneira que se ouve, que se lê e é claro, que se transmite. Posso te levar pra cama e te dizer coisas bonitas, mas também posso te dizer na mesma cama coisas que vão chegar fervendo aos teus ouvidos, mesmo que sussurrando, consigo te fazer pegar fogo através de palavras. Posso com as mesmas palavras da cama, te ofender, e nem por isso vou deixar de te esquentar, posso usar palavras semelhantes para definir sentimentos diferentes, posso usar palavras iguais para determinar calores distintos, posso te chamar de puta e te acolher em meus braços, tocar seus lábios e acariciar seus seios, sua bunda, posso te fazer minha, posso te sentir quente assim, mas também sou capaz de brigar com você numa bela tarde em pena praça pública e te chamar de puta de novo, mas só que agora eu te esquentei e posso me queimar com teu fogo aceso, pois ao te chamar assim, jamais você viria aos meus braços, só se realmente fosse uma puta, do tipo que gosta de apanhar de malandro falastrão, mas não, você vai receber minha palavra como uma ofensa quente e nada calorosa, por isso sua reação será diferente de quando te levei pra cama há duas semanas atrás.
O calor de minhas palavras carrega consigo a intenção, a maneira, se te chamar de puta com jeitinho te ganho, se te chamar de puta com jeitão te perco, posso ser doce com você através de uma simples palavra, que pode ser terrivelmente azeda de acordo com a forma que vos envio.
Enfim, vou parar por aqui, estou ficando com medo, algo me diz que posso receber de você uma palavra que terá um calor nada sexual, então... Au Revoir!

Anderson

Na dúvida continuo escrevendo...

Muitas vezes me pergunto o porquê de escrever certas coisas, o motivo de colocar no papel alguns pensamentos, não sei bem certo se isso é uma missão, uma maneira de me expressar ou se no fundo é uma doce ilusão que massageia um ego que vive esperando ser notado. Sim, talvez eu esteja em busca de notoriedade e como não tenho seio farto e tão pouco uma bunda tipicamente brasileira, encontro na escrita das palavras a maneira mais indecente de aparecer.
Quando eu era pequeno até certo tempo queria ser policial, um pouco por causa do meu pai que atuava em tal profissão, outro pouco por causa dos maravilhosos filmes do Mel Gibson, Danny Glover e como não citar, Bruce Willys, Stalonne, entre outros... Na escola sempre fui arteiro, naquela época eu quebrava o lápis e não dava a mínima para os papéis, minha letra era feia, tudo bem, sou sincero... Ela ainda é terrível, mas a beleza não está no desenho da letra, está no segredo que cada letra tem ao formar uma palavra e transmitir determinados sentimentos...
Nesse momento você deve estar me achando um louco, um maluco qualquer que resolveu escrever um livro e se acha o Paulo Coelho do subúrbio. Talvez você tenha razão, talvez eu seja mesmo um homem egocêntrico suficiente que acredita mesmo que alguém vai achar interessante ler o que escrevo. Também confesso que estou achando essa idéia de livro meio sem pé e sem cabeça, começo falando de certas coisas, continuo falando delas e até tento fugir de algumas palavras, mas no fundo não consigo e estou aqui derramando em você minha confusão interna, que agora após ser derramada já se torna externa e vulnerável. Posso ser criticado, ser pisoteado pelas línguas pesadas dos meus leitores, isso é claro se a essa altura da leitura eu ainda possuir algum leitor de minhas maluquices. Bom, como meu “super ego” jamais duvidaria de que você está lendo as coisas que escrevo aqui, mesmo sabendo que ainda está muito gelado, vou continuar escrevendo, vai que os pensamentos mais quentes começam a surgir e do nada consigo te envolver com todo o meu fervor.

Anderson

A vida é uma grande viagem

Após muito tempo, descobri que a vida da gente é na verdade uma grande viagem, que por muitas vezes fazemos aqui dentro de nós. Sim, uma viagem interna repleta de sentimentos, sonhos, caminhos, pessoas que chegam, outras que se vão, gente de todo tipo que passamos a conhecer, conhecimentos inesperados que adquirimos, fases, ciclos de uma viagem fantástica. Como podem perceber nós nascemos e logo já estamos viajando, por um horizonte ainda desconhecido por nós mesmos, somos crianças recém nascidas, choramos o tempo todo, despertamos a alegria em pessoas desde cedo, tudo bem que tem gente que ainda consegue se irritar ao nos olhar ali, tão suave em um berço berço.
A infância da gente possui magia, truques, travessuras e sonhos, na verdade sonhos é o que não falta por toda essa viagem cheia de encantos. São momentos, aprendizado, conhecimento, uma coisa te levando a outra, um dia após o outro. Cada dia em um lugar diferente, para isso basta exercitar a sua mente, podemos viajar por lugares conhecidos, mas também chegaremos ao mundo desconhecido, podemos ir de fato, de carro ou de avião, de trem ou de navio, mas também se pode chegar apenas com a força do pensar, com a imaginação que nos permite criar, ir além e nos dedicar.

Anderson

Infância na Suíça Brasileira

Minha infância se passou em Nova Friburgo, cidade serrana do estado do Rio de Janeiro, lugar frio, charmoso, aconchegante. Muito conhecida no ramo de lingeries, possui um forte mercado no que diz respeito a queijos e vinhos, anualmente é realizado um evento tipicamente alemão na cidade: é a Beer Festival, com apresentações dos mais famosos cantores nacionais e também de grupos de danças alemães. Friburgo me faz lembrar do orvalho caindo sobre as plantas e flores no jardim de minha casa, toda manhã ao ir a escola, caminhava pela rua e podia enxergar as gotas escorrendo sobre elas, uma verde, a outra amarela, copos de leite, bem branquinhos, violetas, um colorido sutil, leve, com alma, com essência que me levava, me encantava.
Falar de Friburgo, citar pessoas queridas, recordar uma época que não volta mais, é algo mágico para mim, um momento nostálgico sim, mas um momento que me faz ser criança novamente, me faz jogar bola com a saudosa Irmã Cecília, me faz ganhar broncas e aplausos do Professor Tadeu, faz com que eu volte a sala da direção pois fiz bagunça na aula de matemática...
Viajar no tempo, voltar para um passado lúdico como este que se refere a minha infância é como conferir se está tudo em dia com meu coração, é me emocionar, encontrar nessas lembranças alegrias e tristezas, um conjunto de sentimentos que fazem do hoje algo sólido, é como se eu estivesse resgatando amigos que ficaram para trás, amores que tive, outros que criei, na verdade me pego resgatando uma parte de mim que fica guardada na memória, aqui dentro de mim, mas que não morre, não se perde, pois sempre se depara com a intensidade dos meus pensamentos que lutam para trazer de volta a paixão por uma cidade que me acolheu, a cidade aonde passei momentos de uma infância feliz, suave, bonita...foram aniversários, datas importantes como o Natal, páscoa, confraternizações entre amigos, familiares, festas juninas no colégio aonde estudei e uma série de outras coisas mais.
Minha infância é marcada por alegrias, por um frio que me deixava encolhido, quietinho na hora de dormir, envolvido por um calor que chegava através do carinho, do sentimento que existia, sentimento este que me faz vir aqui e escrever sobre essa tal Friburgo, a famosa Suíça brasileira.

Anderson

Um pouco mais de Pessoas...

Na vida da gente, vamos nos deparar com diversas situações, fatos, sentimentos, a vida é uma mistura de dor com alegria, tristeza, saudade, ódio, amor, carinho e um monte de outras coisas que fazem desse universo algo tão especial, é difícil não ter amor pela vida, tem gente que se mata, quer se matar, morre sem motivo, inventa desculpa pra se estragar. Pessoas são confusas, não sabem o que querem, ora desejam ir ao Japão, dois minutos depois querem estar em Acapulco, no México, pessoas fazem à simplicidade da vida se tornar complexa, pessoas complicam o fácil, fazem o bonito ficar feio, pessoas são brilhantes, mas nem todas percebem sua importância, seu valor, com isso vivem se metendo em enrascadas, em problemas gigantes, vivem criando situações de risco para si próprio e principalmente para aqueles que estão ao seu redor. Pessoas são bacanas, são interessantes, são o bem e o mal, pessoas são a mistura dessa coisa global, ao mesmo tempo em que podem construir o paraíso repleto de luz e fraternidade, elas podem fazer do universo uma escuridão oculta e sombria.

Anderson

O Tio que poderia ter sido Pai...

Djalma com todos os problemas que tinha e todas as loucuras que criava, conseguiu fazer uma coisa boa na vida. Sim, meu ego estava doido para que eu falasse isso. Djalma me fez, isso foi um grande acerto, mesmo que isso seja cientificamente. Não estou aqui escrevendo para julgar as pessoas, mas é claro que isso poderá ocorrer no decorrer dos meus pensamentos, mas neste caso, quero que saibam que em relação ao meu Tio Djalminha só tenho a dizer que ele é um cara especial, pois consegue ir da agressividade ao amor, consegue ser louco e ser inteligente, mesmo com o estudo jogado pelo ralo, ele é um cara que faz de sua loucura a sua lucidez, faz do carinho que sente pelas pessoas o ódio que transmite a elas em suas atitudes, faz de si próprio um cara valioso e rico em sentimentos, mas ao mesmo tempo, num piscar de olhos se torna um lixo, fraco que se permite ser torturado por suas frustrações, por suas dores. Djalma é isso pra mim, um cara bom, divertido, com pensamentos interessantes, com opiniões que nem sempre são colocadas de maneira correta ou na hora certa, mas enfim, este cara de que me refiro é um ser humano, que errou demais na vida e continua errando, mas julgá-lo seria demais, seria desnecessário, pois quem é que não disse que este homem não se julga por dentro? Ele sabe de seus erros, de suas falhas, tanto que durante anos tentou encontrar respostas na bebida, nas drogas, na vadiagem desta vida.
Meu Tio Djalma se mostrou forte também, com a ajuda de pessoas que o amam conseguiu se recuperar, se reergueu e hoje é motivo de orgulho pra mim, não bebe, não fuma, não cheira, seu vício é a luta diária por uma vida melhor, é assim que deve ser, um dia de cada vez, com sua esposa e sua filha, ao lado da família que conseguiu construir.
Djalma poderia ter sido meu pai, não foi, virou meu tio, mas isso não é culpa minha, são coisas da vida, mas uma coisa é certa, posso dizer com tamanha certeza ao meu Tio Djalminha por ele tenho guardado muito carinho e amor.
Amo você, nem que seja só por hoje.

Anderson

Paternidade? Maternidade? Uma grande mentira

Ciência ou Deus? Faça-me o favor, é claro que fico com Deus, esse tipo de questionamento nem me cabe pensar. Se fosse pela ciência, meus pais biológicos seriam verdadeiros, se for por Deus, como deve ser e é, não tenha dúvidas de que esse papo de pais biológicos já foi pro espaço faz tempo, e digo mais, deve ter ido em um desses foguetes malucos que cientistas mais malucos ainda ficam mandando nem sei pra onde.
Bom, é bem verdade que no meio da década de 80, um homem e uma mulher que se chamavam respectivamente Djalma e Neuza, andaram se pegando por aí, mas não contavam que no meio dessa “pegação” a gravidez viria. Pois é, Djalma um jogador de futebol que dependia seriamente de drogas e álcool e não conseguia manter uma vida com juízo e seriedade. Neuza, uma mulher fraca e sem muitas observações de minha parte, até mesmo pela nula participação que tem em minha vida. Resumindo, posso dizer que cientificamente eu nasci dessa louca e atordoada relação. Mas como não gosto muito de ciências e desse monte de nomes que usam para definir certas coisas, digo que pela vontade de Deus, nasci de outra relação.
Djalma teria direito a paternidade e Neuza, logo teria direito a maternidade sobre mim, mas a fraqueza deles não permitiu por que um vivia de porre e drogado pelos cantos, a outra porque era fraca mesmo e ponto. Enfim, essa história de paternidade e maternidade biológica é uma grande mentira. Eles não são meus pais!

Anderson

Uma simples tarde em Paris...

Certa vez passeando pelas ruas de Paris, notei o quanto àquela cidade é bela, como se não bastasse, logo ali bem perto do Rio Sena encontrei um homem interessante. Sujo, com as roupas rasgadas, barbudo, um verdadeiro homem das ruas e vielas parisienses. Seu nome era Michel e sua idade já era bem avançada, mas o que achei mesmo muito interessante foi o fato de que Michel estava ali com algumas telas, um pouco de tinta e muita arte em seu coração.
Curioso como de costume, fiquei ali observando seus gestos, suas caretas e formas de pintar aquelas telas, algumas bem sujas de algo que não era tinta, mas de alguma forma Michel conseguia contornar a sujeira ou até mesmo utiliza-la em sua pintura. Me aproximei mais um pouco, sem deixar que ele me visse, continuei olhando, logo notei que em uma das telas Michel estava trabalhando com cores bem fortes, mas não deixava de utilizar cores suaves, ele implantava ali uma mistura fina do leve com o pesado, mas que ao se unir logo dava a impressão de força, de uma sustentação sem fim, era como se através da tela, o velho barbudo transmitia aquilo que teria vontade de falar.
Naquela tarde pude entender que as mais diversas formas de se expressar carregam consigo um grande lema, que nada mais é do que a liberdade. Quando todos podem imaginar que aquele velho sujo, com roupas remendadas e morador das ruas é um ser desprezível e acorrentado em uma mente vazia e sem perspectivas, é aí que Michel se mostra o contrário, livre, sem correntes, com a sujeira exposta pelo corpo, com uma moradia em cada esquina, ele vai nos mostrando que a liberdade é algo muito valioso, é algo que devemos construir e conquistar. Ao mesmo tempo em que para muitos aquele homem não tem valor social, posso dizer com a propriedade de quem o observou de perto, com atenção, respeito e carinho pelo que ele estava representando ali. Michel coloca em suas telas toda sua história de vida, momentos de dor, de fraqueza em que ele se via derrotado pela bebida, momentos de alegria como quando pegou sua filha Marie no colo pela primeira vez, momentos de ódio e de muita fúria quando viu sua esposa sendo morta friamente por dois assaltante em sua própria casa, mas também, coloca ali ensinamentos, caminhos diferentes, interessantes e sem tanto peso, mostra através de suas diversas misturas coloridas que o mundo pode ser mais jovial, mais repleto de boas emoções, com uma juventude mais ativa e mais participativa aos assuntos globais.
Antes de partir e continuar minha caminhada até o hotel aonde eu estava hospedado, não resisti e fui falar com Michel, que até então era um homem da rua que pintava telas em uma das praças mais populares de Paris. Ao chegar bem perto dele, logo ele sorriu e se apresentou, dizendo seu nome e me explicando um pouco sobre o que acontece todos os dias naquela mesma hora quando ele começa a pintar suas telas. Michel disse que faz isso há exatos treze anos e que nunca havia visto alguém tão interessado em suas pinturas, disse também que me viu desde quando eu estava longe só olhando e que não mora nas ruas, mora em uma avenida movimentada no sul de Paris, com a filha Marie.
O curioso disso tudo é que Michel me disse que antes da morte de sua esposa, ele levava uma vida que para os padrões da sociedade está correta, ele deixou claro que é um artista profissional e que ganhava a vida com isso, mas após a perda de sua esposa passou a se expressar vestido daquele jeito. Todos os dias, na mesma hora, Michel sai de casa vestindo seus farrapos, sujo de graxa e carvão que ele mesmo faz questão de espalhar por seu corpo e fica pelas ruas pintando.
Ao me despedir de fato, dei os parabéns a Michel pela forma como ele encontrou para expressar seus mais diversos sentimentos e idéias sobre a vida. Sabiamente, nosso amigo Michel me disse que não era necessário remeter os votos de parabéns a ele e sim parabenizar os governantes de cada nação, a sociedade medíocre que se fantasia de puritana para não enxergar os reais problemas ao seu redor. E disse ainda, que sem essa baderna mundial, homens como ele não teria serventia. Confesso que fui embora, caminhando até o hotel e fui pensando nas palavras daquele homem, na forma como seu jeito, seus pensamentos me tocaram numa simples tarde em Paris. Certamente Michel conseguiu transformar através de seu conjunto o simples em algo especial.

Anderson

segunda-feira, 2 de março de 2009

Pessoas...

Olá, hoje é segunda-feira e acordei pensando justamente em você, pensei no Manoel, na Regina, pensei na Vera e no Fernando, pensei em mim também, na verdade meus pensamentos nesta manhã voaram diante de diversas pessoas...
Pessoas que são interessantes desde sempre... que ao nascerem acredito que já chegaram ao mundo com um monte de qualidades e defeitos. Pessoas têm a liberdade de escolha, podem seguir em diversos caminhos, uns tortos, outros retos, outros em forma de labirinto, uns com altos e baixos, enfim... Pessoas são capazes de realizar, de conquistar, de abraçar esse mundo e fazer a diferença, pessoas são realmente seres interessantes, mas também se tornam complexas e até erradas, sim, não conseguem ser certas o tempo todo, erram por serem tolas e por muitas vezes quererem apenas acertar, erram por ansiedade, por maldade, por inexperiência, por complicarem o simples, por tentarem fazer grandes coisas quando o mais gostoso da vida é viver e perceber os detalhes do outro. Pessoas vivem tentando, mas nem sempre possuem a certeza de que vão conseguir, pessoas são especiais, mesmo quando são simples, pessoas se vestem e outras apenas se fantasiam, pessoas mentem, pessoas são verdadeiras, tem gente que é malvado, mas tem pessoa que é boa gente.
No fim das contas percebo que pessoas confundem e fazem confusões, pessoas gostam de pessoas, outras gostam mais dos animais, pessoas usam drogas, se matam, outras se tornam umas drogas e matam os outros, pessoas podem transmitir vida, carinho e amor, pessoas são palavras aqui, são atitudes ali, pessoas são livres, mas se acorrentam, se fazem prisioneiras de si mesmo, pessoas são apaixonantes, são adoráveis, algumas são detestáveis, mas no fundo, pessoas são apenas pessoas...

Anderson

A despedida de um gênio

É amigo...
Eu dizia que seríamos novamente campeões mundiais, eu dizia que iríamos brilhar e que o quadrado iria fazer com muita qualidade a bola rolar. Não foi assim que ocorreu e logo ao perder para a elegante França na Copa de 2006, vimos que nossa seleção faleceu diante de 180 milhões de brasileiros que torciam por nossa seleção mais geométrica do que nunca.
Eu dizia também que era preciso acreditar no time de Parreira, pois era inegável que ele tinha belos jogadores em seu suposto time de futebol, time este que não soube lidar com a fama, sim amigo, todos ali já deveriam estar acostumados com os holofotes do sucesso, não havia mais meninos ali, pois até os possíveis meninos, na verdade já haviam se tornado homens da bola há tempos e já deveriam saber que ser um homem da bola no país que vivemos, é ser mais importante do que o nosso nem tão querido presidente Luís Inácio.
É amigo leitor, eu dizia com absoluta certeza que estaríamos em Berlim no dia nove de julho de 2006 para disputar mais uma decisão de Copa do Mundo, mas não foi o que Deus quis, se bem que na verdade Papai do Céu queria sim, já que dizem que ele é brasileiro, deveria estar torcendo muito por nós. Na verdade meu amigo, quem não quis foi um certo argelino naturalizado francês que não permitiu nosso avanço no mundial.
Isso mesmo, Zinedine Yazid Zidane, um dos maiores jogadores da história do futebol mundial. O maior sem sombra de dúvidas jogador que a França já teve, superando o também ídolo Platini, conseguiu eliminar a nossa seleção, mas na verdade ele não eliminou ninguém, vamos pensar com inteligência de quem deveria saber perder. Zidane apenas classificou sua tão querida e amada França, pois quem eliminou o Brasil do mundial foi justamente nós os jogadores, que não fomos vibrantes quando deveríamos ter sido e que não fizemos com que o todo estudo geométrico funcionasse de forma bonita e eficiente. O craque francês fez sua parte e mostrou igualdade, fraternidade e liberdade em seus movimentos e pensamentos com a bola no pé, fazendo assim sua apresentação naquela noite em Frankfurt, se tornar um espetáculo digno à sua majestade.
O Brasil é sim o país do futebol, com os melhores jogadores do mundo, mas amigo, vou te dizer uma coisa, bons jogadores não formam um equipe competitiva caso não tenhamos vontade, força e espírito de luta para brilhar e sorrir após cada batalha. É belo ver o Gaúcho, o Kaká e o Ronaldo, mas é muito mais belo vê-los com a força do Thuram, com a determinação do Vieira e com a inteligência do Zidane.
A França não tinha quadrados, triângulos ou círculos, apenas tinha vontade de ser campeã, tinha brilho nos olhos de cada um dos seus soldados que fizeram de um jogo de futebol um desfile elegante e mágico, com modelos da maior qualidade e dignidade.
Pois é meu amigo, as criticas sem dúvida surgiram na época e se o assunto for levantado hoje, elas irão reaparecer sem piedade, mas sinceramente não concordo com as coisas que disseram e ainda podem ser ditas sobre nossos soldados que não souberam acender o brilho e a luz que na verdade ainda não haviam iluminado os corações dos torcedores durante o mundial. Acredito sim que houve muitos erros, desde a preparação para a Copa até o dia em que voltamos para casa. Mas não podemos crucificar pessoas que num ontem nem tão distante assim ou até mesmo amanhã ainda iremos enaltecer.
O futebol tem disso, por isso é tão mágico e apaixonante, nada é exato, absoluto e toda surpresa pode ser esperada, por isso é mais do que um esporte, é uma paixão, é amor que começa lá na Argélia quando pequeno, que começa em qualquer lugar do mundo, quando ainda se é uma criança sonhadora e não termina nunca, pois sempre estará no coração de quem pratica ou apenas observa o show.
É amigo querido, futebol é coisa séria, assim como amor... Futebol é dor assim como a morte, futebol é vida, é espetacular assim como foi a despedida de um gênio chamado Zidane.

Anderson

A Bola e eu...

Somos como o pão e a manteiga, como o arroz e o feijão, somos inseparáveis como o Gordo e o Magro. Nossa história começou bem cedo, aos oito anos nós nos conhecemos e desde então jamais nos separamos. É uma pareceria de sucesso e acredito já termos provado que juntos podemos causar o amor e ódio nas pessoas que nos assitem ou até mesmo naqueles que participam do nosso espetáculo.
Basta um olhar, um leve toque e ela já sabe o que eu quero, formamos uma dupla, um casal perfeito onde existe a fidelidade, compreensão e a magia. Tratamos-nos muito bem, com carinho, respeito e intimidade, aliás, acho que esse é o segredo para o nosso sucesso juntos, sucesso este que é dirigido por um dom que Deus me deu.
Juntos já viajamos, já conhecemos lugares diferentes, vivemos situações, rodamos por aí, juntos encantamos, é engraçado, desde sempre estamos juntos, unidos através da arte com uma única intenção.
Não importa a hora nem o lugar, tanto faz, seja de couro, de borracha, pode ser de meia ou de papel, basta nos encontrarmos para que possamos dar inicio ao show, que é repleto de truques e mágicas. Até brinco ao plagiar o saudoso Armando Nogueira, pois diante da química e intimidade que nos envolve, costumo dizer que seu eu não tivesse nascido gente, talvez eu tivesse nascido bola.
Juntos somos o talento em exposição, somos alegria e a tristeza, somos a magia.
Juntos somos protagonistas de uma bela história de amor.

Anderson

Açougue na TV

Já faz um tempinho e lá estava eu, em casa assistindo TV, mudando de canal, me peguei atraído por um debate dos mais fúteis. Não me surpreendi, até porque o programa que exibia o debate era o tal do “Superpop”, que de fútil tem tudo, não deixando de fora a sua também nada acrescentadora, apresentadora Luciana Gimenez. Neste dia os convidados principais eram o “não sei o que é” Mr. Catra e sua ex-dançarina, a tal Mulher Lombinho, ou melhor... Mulher Filé, será que ela é? Enfim, estavam lá discutindo com alguns outros convidados sem menor produtividade também, mas tinha um tal de Bispo, que nem sei se Bispo realmente é, cada um defendia sua teoria, Mr. Catra estava defendendo seus casamentos simultâneos, sua profissão e é claro, defendia o que na época era o seu mais valioso e recente pedaço de bife.
Bom, era de se esperar esse tipo de coisa, num programa que de super não tem nada, tão pouco é popular e ainda é apresentado por uma das maiores ex-modelos e celebridade da televisão brasileira, uma mulher que quando fala já segura o rolo de papel higiênico nas mãos, só poderia ter no palco do seu programa um açougueiro do funk, brigando verbalmente com um Bispo que se for Bispo mesmo, pelo amor de Deus, poderia estar se preocupando com coisas mais importantes, como ajudar o lado mais necessitado da humanidade, enfim, fazendo algo que preste para o bem dos seus semelhantes, seria melhor do que dar uma de puritano ao ficar mexendo com a carne dos outros.
Só fico pensativo pelo fato de que no meio disso tudo se encontra a figura de uma mulher, tudo bem gente, seja filé, patinho, maminha ou até lombinho, enfim, não deixa de ser uma mulher. Ou será que ela prefere ser apenas uma carne? Bom, perguntem à ela.

Anderson

domingo, 1 de março de 2009

O belo e o feio não existem

A sociedade durante anos, diante de gerações e gerações, vai tentando, muitas vezes conseguindo implantar padrões, seja de comportamentos, estética e outras coisas mais.
Acho esse lance de padrão uma tremenda banalidade, sim é verdade, é uma grande bobagem. Por exemplo, o que é feio? O que é belo? Isso não existe, são apenas nomenclaturas que foram criadas para definir aquilo que nos agrada ou desagrada.
Malu Mader, Juliana Paes e muitas outras mulheres famosas e não famosas também, como a Mariana, a Regina, a Lúcia e porque não a Flávia, podem ser consideradas de acordo com o padrão de beleza da sociedade, mulheres lindas. Até acho essas mulheres que citei verdadeiras beldades, mas quem falou que o Jeremias, o Bento ou até mesmo o Gonçalves, vão concordar comigo? Eles são obrigados a ter a mesma opinião, o mesmo gosto? Acho que não amigo, vai que um deles prefira a beleza da Preta Gil ou da Sheila, aquela gordinha que vive comendo sonho na padaria? Enfim, o que quero dizer é que o que é feio pra mim, pode ser belo para o outro ao meu lado, o que não significa que Fulano ou beltrano não tenham beleza, é claro que tem, mas é a questão de determinada beleza agradar ou não aquele que está observando.
Opiniões devem ser respeitadas, logo a minha opinião pode ser diferente da sua e se o respeito deve haver, logo não existe a opinião correta ou a errada, apenas são opiniões, gostos deferentes sobre determinada situação, então posso dizer que o feio não existe tão pouco o belo, pois este é aquele que agrada aos meus olhos, mas pode desagradar aos teus e se tornar feio.
Padrões são tolices impostas por uma sociedade cada vez mais vagabunda e repleta de hipocrisia.

Anderson

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Todo dia é especial

Olá queridos amigos e leitores, hoje é um dia muito especial para mim e espero que para todos nós possa ser um dia de vitórias. O dia de hoje se torna especial para mim por diversos motivos e aspectos, nos quais eu vou citar alguns aqui...
Hoje acordei e até agora não fiz nada de produtivo profissionalmente, mas também por um lado percebi que um novo dia havia nascido e que o Sol como de costume muito quente, estava muito bonito, o céu brilhando em seu azul infinito, pessoas pela rua com vida e saúde, outras já não com tanta sorte e vitalidade, mas de fato, já devo ser grato por ter acordado com possibilidades de lutar, de fazer coisas e continuar vivendo nesse mundo que nos envolve.
Ainda não bati um papo com Papai do Céu hoje, isso é um erro, pois antes mesmo do amanhecer ele já havia se lembrado de mim e preparado tudo para que meu dia fosse espetacular, mas nem assim eu dei um bom dia ao Pai de todos. Por isso venho aqui de certa forma para expor a importância de Deus em nossas vidas, independente de crenças, religiões, devemos saber que Deus faz tudo por nós, mas será que fazemos algo por ele? É bom sempre avaliar nosso comportamento e nos perguntar esse tipo de coisa.
Enfim, meu dia não está tendo nada de grandioso aos olhos ignorantes de nós seres humanos, mas se colocarmos nossa inteligência e sensibilidade pra funcionar, vamos perceber que cada dia, todo dia já se torna especial e importante simplesmente pelo fato de estarmos vivos.
Vamos nos alertar e reconhecer que todos os dias são especiais e são preparados para nós por Deus, o nosso Pai maior. Então, vamos agradecer sempre pela oportunidade e misericórdia de continuar desfrutando dessa vida que nem sempre é bela, mas sem dúvida é valiosa!

Obrigado Senhor, por mais um dia de vida e saúde!

Anderson.

Falando um pouco de Ed. Física

Diante das minhas observações sobre o que é a Educação Física, percebo e acredito que esta ciência é muito maior do que o seu nome significa e traduz. A meu ver a Educação Física vai e deve ir além das questões do corpo, se tornando assim uma grande e forte ferramenta nas questões sócio-culturais e sem dúvidas educacionais também no país.

Mente e Corpo

O que controla o nosso corpo é a nossa mente e se nossa mente não estiver bem trabalhada, bem educada, posteriormente nosso corpo não estará e também não terá condições de ser bem trabalhado e bem educado. Diante desse conceito posso afirmar que ao agir primeiro na mente, vamos obter maior sucesso quando chegar a hora de agir no corpo. É importante lembrar que trabalhar as duas vertentes simultaneamente também é uma grande saída para alcançar os avanços desejados.

Educação Física e Escola

A Educação Física deve ser vista na escola como um instrumento de sumo valor no que diz respeito ao crescimento do aluno, seja ele pessoal, esportivo, emocional, entre outros. Não é justo e também não é inteligente analisar a Educação Física apenas como matéria escolar, tendo nela um leque de opções que podem resolver muitas questões vistas no cotidiano escolar.

Educação Física, Escola, Professor e Aluno

Educar a mente e o corpo de crianças e adolescentes não é uma tarefa fácil, mas também entendo que é uma tarefa gostosa e que nos surpreende a cada dia. Acredito que é um aprendizado mútuo. Sendo assim, entendo que não seja uma tarefa das mais difíceis e se torna até prazerosa. Se tivermos uma equipe de professores e coordenadores remando para o mesmo lado e pensando de maneira semelhante, certamente já estaremos dando um grande passo para a realização de projetos esportivos, culturais e educacionais de maneira geral.
O Professor de Educação Física pode ir além e fazendo isso, sem sombra de dúvidas se torna uma peça fundamental no ambiente escolar. Nós podemos se assim desejarmos, modificar, transmitir e ajudar, temos o poder de fazer acontecer, podemos fazer a diferença. Sendo assim, porque ser omisso? Nós professores e adultos de maneira geral, não podemos tratar as crianças como “idiotas”. Criança é pra ser tratada como tal, apenas como criança. Adolescentes não devem ser vistos por nós como delinqüentes, não devem ser tratados como marginais, culpados. Devem ser enxergados apenas por aquilo que são e por aquilo que tentam demonstrar em suas mais diversas formas de expressão.

Esporte na Escola

O esporte na escola pode ser implantado de diversas maneiras. Podemos trabalhar de maneira lúdica, competitiva, cooperativa, podemos atuar multiplamente quando se trata dessa junção interessante que é o ESPORTE/ESCOLA.Para implantar o esporte na escola é necessário saber e conhecer a filosofia, a proposta de trabalho da determinada escola para com esse tipo de atividade. Após tomar conhecimento disso é só pôr em prática o trabalho.É sempre bom trabalhar também em cima da idéia de que o esporte na escola deve ser visto como forma de inclusão e integração social seja ele tratado de forma lúdica ou até mesmo de maneira mais competitiva.

Educação Física – Teoria e Prática

Existem escolas que oferecem aos seus alunos aulas teóricas e práticas de Educação Física, outras trabalham só com a parte prática e ainda existem aquelas que preferem somente a teoria. Particularmente, entendo que as duas formas são interessantes e que com as duas sendo aplicadas, o aprendizado se torna mais amplo e prazeroso. Sem falar que com a teoria o professor se vê na "obrigação" de planejar e sempre melhorar suas aulas, já que é ele que apresenta o conteúdo aos alunos.

Educação Física, Cultura, Arte e Lazer

Seria um erro imaginar que os itens do tema acima não combinam e se fazem distantes. Acredito muito na proximidade desses itens, acho que a Educação Física não pode ser tratada com limites. Sendo assim, dentro da Educação Física podemos falar sobre música, esporte, política, sobre muitos assuntos do interesse de todos ou que ao menos poderiam ser apresentados a todos.
O professor de Educação Física pode promover e falar sobre eventos, sobre passeios que marcam ou que marcaram época, é importante citar a história de determinado esporte, da cidade na qual se vive, dos países que controlam o mundo e por aí podemos expandir, viajar, realizar e através desse conjunto de temas, podemos ensinar, educar, fazer crescer. Seja com futebol, basquete, na música, com o teatro, na simples brincadeira de roda, de ciranda, no conhecimento que é transmitido... São diversas as formas de agir e melhorar a educação. Basta querer, ter percepção, vontade de mudar, de fazer diferente, de agir e de fazer valer a importância fundamental que cada um de nós possui no meio em que vive. É uma questão de enxergar as situações e não limitá-las, não perder tempo com bobagem e fazer a diferença na vida das pessoas.

Anderson.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

O Gênio Baixinho...

Nascido na Favela do Jacarezinho, criado na Vila da Penha, mundialmente conhecido, fez da bola sua melhor amiga, fez do futebol sua vida, dos estádios fez seus palcos, mas o Maracanã seu Templo maior.
Romário de Souza Farias, um menino, um homem, dentro da área virou um Gênio.
Revelado pelo Vasco, Romário logo dispontou entre os profissionais com a mesma força que iria carregar por toda sua carreira. Romário era veloz, tinha atitude de um gigante, logo se tornou marrento, desde sempre! Abriu portas por méritos outras foram abertas por imposição e arrogância, mas também algumas portas se fecharam durante sua carreira.
Após surgir como promessa em São Januário e jogar ao lado de Roberto Dinamite, partiu para Holanda aonde se tornou um Rei atuando pelo PSV. Muitos gols e belas vitórias, Romário era sinônimo de jogo resolvido.
Ser Rei na Holanda era bom para Romário, mas ainda não haviam descoberto sua genialidade, mas foi na Espanha vestindo a camisa do Barcelona que Romário se tornou o "gênio". Na Espanha a vida era muito boa, Barcelona uma das cidades mais festivas da Europa, Romário jogava em um grande clube, conheceu grandes lugares, ele estava em casa, mas se tratando do Baixinho algo ainda estava faltando!
Foi quando a Seleção Brasileira caminhava com dificuldades para se classificar para o Mundial de 94, que o então treinador Carlos Alberto Parreira se rendeu à genialidade de Romário. E foi naquela última partida das eliminatórias, contra o Uruguai que Romário atravessou o Atlântico para marcar dois gols e carimbar o passaporte brasileiro rumo aos Estados Unidos e é claro, rumo ao Tetra.
Na terra do Tio Sam o Baixola fez a festa, fez gols, enlouqueceu as defesas adversárias ao lado do companheiro Bebeto. Mas foi na grande decisão contra a poderosa Itália do também grande craque Baggio, que Romário através de um erro do rival se tornou o melhor jogador do Mundo de 94 ao conquistar o Tetra para o Brasil.
Pôlêmico, goleador, irreverente, Romário jogou por Vasco, Flamengo, PSV, Barcelona, Fluminense, teve nos Estados Unidos, jogou até na terra dos Cangurus, foi notícia sempre, é notícia até hoje.
Romário é um mito, é um ídolo, um ícone para o futebol brasileiro e mundial. Há os que não gostam do Baixinho por seu jeito marrento e indiciplinado, mas de fato é necessário ressaltar sua genialidade com a bola nos pés.

Anderson

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Salvem o futebol do Rio

Dizem que o futebol carioca é o mais charmoso do país. Sim, é verdade que os clássicos cariocas são mesmo muito bonitos de se assistir, todo charme diante da paixão das torcidas, da tradição dos grandes clubes, tudo isso é muito bonito!
O futebol do Rio já desfrutou de grandes craques, como Zico, Romário, Adílio, Roberto, Júnior, entre outros, já produziu grandes craques também e já realizou grandes eventos através desses craques que lotavam o velho e querido Maracanã. Bons tempos em que 190 mil pessoas preenchiam os anéis e a geral do nosso memorável estádio.
Flamengo, Vasco, Botafogo e Fluminense... Tradição, grandeza e conquistas.
América, Bangu, São Cristóvão e Olaria... Tradição que levava crianças aos estádios, era o subúrbio na elite, era a vitrine para se chegar aos grandes!
Aonde isso está agora?
Os times suburbanos já não são tão presentes, o futebol do Rio foi invadido pelo interior do estado, e os grandes já não são mais os mesmos clubes imensos de outras décadas.
É duro para mim olhar na TV um Flamengo com Obina no comando de ataque, com Josiel e Maxi sendo possíveis substitutos. É brabo ver o Vasco que agora está na segunda divisão do brasileiro, contratar o Ursinho Pimpão e se contentar com um elenco aonde a maior estrela é o Bad Boy Carlos Alberto. Será que o Anão da Colina voltará a ser Gigante? Não posso responder isso, mas não queria estar na pele do ídolo e agora presidente Roberto Dinamite.
O Mané das pernas tortas deve estar enchendo a cara dentro do caixão, se enbreagando em lamento pelo seu glorioso Botafogo. Pois deve ser duro para Garrincha olhar lá de cima o seu querido clube ficando cada vez mais solitário no que se diz respeito a estrelas.
Não posso deixar de citar o Tricolor das Laranjeiras que só não vive pior das pernas pelo fato de poder contar com a poderosa Unimed como investidora, então até que o Fluminense consegue trazer e manter alguns nomes interessantes, como Conca que de carioca não tem nada e o Leandro Amaral que voltou após fazer parte do naufrágio vascaíno em 2008.
O América do seu Edevair já não faz parte da elite, está na segundona do carioca e nem que o Tim Maia cante lá de cima de novo, mas vamos ter de torcer, torcer e torcer pelo retorno do querido Mequinha.
Tempos que não voltam mais, tempos em que o Banguzinho chegou a disputar título brasileiro, tempos em que o Castor dava dinheiro ao craque Marinho por gol feito em coletivo.
Ah Moça Bonita, onde está tua beleza que agora anda escondida?
Adoraria encontrar as respostas para essas perguntas que fiz no decorrer do meu relato, mas enquanto não as encontro, vou observando de longe o charme barato desse futebol carioca cada vez menos rico.

Anderson

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Castelo nada! Apenas um edíficio.

Certa vez escrevi uma carta aos meus queridos vizinhos, uns nem tão queridos assim, outros já com uma afinidade maior. Mas de fato é que há tempos algumas situações andaram ganhando a minha atenção aqui no Edíficio Castelo de Paiva, edíficio que por sinal só tem de castelo o seu nome.
São situações de egoísmo, situações desagradáveis de pura falta de bom senso e o pior, situações que nos permite notar que ainda é possível nos dias atuais a existência de pré conceito. Falo de pré conceito geral, desde racial ao trabalhista, falo de pré conceito humano, falo de uma coisa feia e suja que se instalou de forma sórdida em distintos aspectos no meu querido "Castelo".
Nesta carta que enviei aos outros moradores, disse à eles que não permitissem que nossas mentes e corações se entregassem à sujeira do ócio, pedi para que todos se preocupassem com a própria vida e que largassem essa falta do que fazer diária e agissem na direção do bem comum de todos, um bem para o nosso convívio social. Ou será que não vivemos em uma sociedade? Acho que vivemos sim meus amigos, vivemos em uma sociedade repleta de hipocrisia e demagogia barata, vivemos em um conjunto social que se torna podre e desgraçado por nós mesmos, vivemos de forma pequena e medíocre, simplesmente pelo fato de que por diversas vezes nos preocupamos muito mais com a vida do próximo, quando seria muito mais inteligente nos preocuparmos apenas com nossa própria vida.
Vamos lá, pensem comigo... Meus queridos vizinhos poderiam aprender a viver melhor em grupo, em harmonia, vamos nos sociabilizar de maneira positiva, nos unir em busca de prosperidade, não em busca de inveja e maldade, vamos deixar nosso semelhante em paz e respeitar o espaço de cada um, vamos iniciar um processo de paz, um ciclo de tranquilidade, harmonia e é claro, respeito. Não precisamos gostar do outro, mas de fato o interessante e fundamental é que exista o respeito entre todos. Meus vizinhos poderiam ao menos se dar um simples "bom dia", isso já seria um grande passo em busca de uma vida melhor em conjunto. Mas tudo bem, mesmo que não queiram se falar, repito, ao menos vamos nos respeitar!
Outro dia por exemplo, acordei com um som ensurdecedor...
Quando realmente me senti acordado, pude notar que o vizinho do lado estava se acabando ao som do tamborzão, curtindo de maneira enlouquecedora o som do batidão.
O funk estava rolando solto no "Castelo" logo de manhã cedo....
Bom, minha indignação não é com o gênero musical, pois a questão aqui não é o funk, o pagode ou a bossa nova, o fato é que em plena manhã o som estava extremamente alto, mas calma queridos, pois também não vejo a altura do volume como o maior problema, eu mesmo sou um que quando quero coloco o Michael Jackson pra cantar bem alto aqui em casa. Mas vou chegar aonde quero...
O funk que estava rolando na casa do vizinho ao lado, cujo nome apelidei de "Japão", dizia em suas letras musicais uma coleção de palavras ofensivas e sujas, palavras que eu falo quando estou irritado ou quando me vejo apenas entre os amigos mais intimos. Eram palavõres mesmo!
Mas será que a senhora de idade do outro apartamento é obrigada a ouvir certos nomes, certas palavras de sentido tão sujo? Imagine se naquela manhã eu estivesse recebendo você meu querido leitor na sala de estar da minha casa? Além de tomar um café comigo, poderia se acabar ao som da Furacão, caso desejasse...
Enfim, de fato o que quero dizer é que esse tipo de coisa é uma falta de respeito e bom senso, falta de educação também, mas não acredito muito que a galera do "Japão" saiba e entenda bem o significado dessa palavra. Antes que me perguntem o motivo de ter apelidado os vizinhos do lado de maneira que os tornem japoneses, vou logo dizendo...
É simples, o fato é que quando eu me preparo para dormir, eles parecem estar acordando, são panelas fazendo barulho, crianças gritando ao brincar, crianças gritando e chorando ao apanhar, parecem até que estão sendo executadas... É uma loucura o lado oriental do meu "Castelo".
Bom, sempre que apontamos um dedo para o nosso semelhante, não podemos esquecer que outro dedo está sendo diretamente apontado para Papai do Céu e que os outros três dedos que restam em nossa mão, estão sendo apontados contra nós, por tanto é fácil notar que não temos que ficar apontando as falhas e os erros dos outros de forma que não visa a melhora, ao invés de criticarmos e de querermos derrubar as pessoas temos que nos preocupar em ajudá-las, em nos unir de maneira que possamos obter um bom resultado nas ações e situações diárias.
Acredito que diante dos fatos que contei e das idéias que coloquei, possamos todos enxergar a importância do respeito em nossas vidas. Ao invés de usar nossas mãos, mentes e corações para denegrir imagens, para prejudicar nossos semelhantes, temos que deixar de lado essa eterna falta do que fazer e falar, para que assim possamos tomar atitudes mais produtivas, que nos façam crescer e nos tornar seres melhores em vida.


Anderson

A mudança se inicia em nós...

Olá, hoje é quinta-feira, andei um pouco sumido, mas o fato é que andei pensando muito durante esses dias e confesso que ainda não parei de pensar. Pensei nas coisas que quero construir, pensei nos caminhos que devo seguir para conseguir realizar minhas vontades e sonhos, pensei nas pessoas que vivem comigo, nas que eu quero estar vivendo em breve, pensei em muita coisa mesmo...
Na vida da gente é sempre bom pararmos para certas reflexões, mexer com nosso interno, dar uma sacudida aqui dentro, são muitos os pensamentos, as idéias, são emoções aos montes e é uma mistura incontrolável de desejos e vontades, diante disso acredito que seja importante estarmos em dia com essa confusão de sentimentos que há dentro de nós, por isso sempre que posso, sempre que sinto, páro pra refletir sobre minhas atitudes, minha conduta, enfim...
É sempre bom estar de olho naquilo que somos e fazemos por aí, pois nem tudo que sai da gente é bom e está certo, por tanto é importante rever nossos conceitos e aceitar as mudanças que devemos fazer em nós, até pelo fato de que se questionamos algo no outro, não tenho dúvidas que antes de mudá-lo, temos que fazer a mudança se iniciar em nós mesmos. Penso que se quisermos mudar o mundo, fazer algo que balance geral, certamente temos que nos balançar primeiro, nos corrigir antes de olhar os erros do próximo, a mudança está em nós, deve ser feita primeiramente dentro de nós, para que assim possamos modificar o outro.


Anderson

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Pensamento do dia...

Segunda... Mas uma semana se inicia, tudo bem que o primeiro dia da semana foi ontem, mas é bem verdade que na prática tudo começa é na segunda-feira.
A Maria acordou cedo e foi trabalhar, o Mário Roberto foi ao escritório, mas hoje ele não ficaria muito tempo por lá, já que havia reunião de pais na escola de sua filha Joana. A Renata acordou logo bem cedo, pois havia muita coisa para adiantar na livraria aonde trabalha, então ela preferiu chegar um pouco antes do horário normal para poder ir acelerando com o trabalho.
Estou falando de pessoas comuns, pessoas como você, como eu, como a Tereza, como a Raquel, falo também do Jorge, do Bento, falo até do Emanuel, falo de brasileiros e brasileiras que vivem lutando diariamente, batalhando e enfrentando essa vida que nem sempre é tão bela.
Espero que para todos nós a semana tenha tido um inicio feliz, bacana, com notícias positivas, com novidades promissoras, espero que amanhã possamos continuar a luta e que a cada round possamos obter uma vitória.
Desejo à todos nós uma semana de paz, tranquilidade, sucesso e muito mais coisa boa que possamos adquirir através da comunicação com o próximo, através do trabalho, do esforço, enfim...
Sejam felizes!


Anderson.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Vem aí a Mulher Tangerina!

"Mulher que estava se esbaldando em pagode na baixada na última quarta-feira, diz que quer ser a mais nova sensação do Carna-Funk de Mesquita, que acontecerá no Centro de Eventos de Mesquita, dos dias 13 à 16 de Fevereiro. No evento irá rolar um concurso, que está sendo chamado na redondeza de "Concurso da Garota Tangerina". Será realizado uma seleção entre muitas meninas e mulheres de toda parte do Rio de Janeiro, mas é claro em peso as mulheres de Mesquita aonde será realizado o evento. Bianca Matoso, de 23 anos diz estar ansiosa e preparada para levar o prêmio: "Dediquei anos da minha vida para participar e conquistar um concurso desse nível, me sacrifiquei durante minha adolescência e agora tenho certeza que vou me tornar a Garota Tangerina, pois assim vou estar realizando meu maior sonho e quem sabe ainda posso me tornar uma atriz". As inscrições já estam abertas e você mulher que tem mais de 18 anos, pode vir tentar ser a nossa Garota Tangerina!"

Meus queridos amigos, de fato é uma fruta nova nesse mercado de mulheres frutíferas, a final ainda não lançaram por aí a Mulher Pocan ou Mexirica, sendo assim confesso que ao ler essa notícia achei algo realmente inovador, dentro deste mercado é claro, mercado este que já está de fato muito marcado, são tantas mulheres frutas que seria melhor formar um grupo de funk ou de sei lá o que, mas que tal o Bonde do Saladão de Frutas? Não sei se seria um nome bom para o marketing, não sei se isso venderia, se traria retorno, mas no meio de tanta variedade me sinto livre para pensar em qualquer coisa sobre isso. Uma das coisas que me deixou curioso e pensativo por exemplo, é o fato dessa tal menina, essa Bianca Matoso, estar realmente focada e ansiosa para tal concurso. Calma, olha só, minha perplexidade não é apenas por ela estar focada nisso, pois até penso sim que se vamos fazer algo na vida, temos que nos focar e acreditar mesmo naquilo, mas não seria demais ou até loucura uma mulher de 23 anos dizer que se sacrificou duarante a sua adolescência, dizer que se preparou anos na vida justamente para participar e conquistar um concruso desse "nipe"? Não sei o que estão acontecendo com essas mulheres, essas meninas... Hoje em dia está tudo mudado, mas o pior é que no meu entendimento, as mudanças foram pra baixo, tudo bem que posso estar parecendo ser meio antigão, meio velho até, mas peguei ainda uma fase em que as mulheres pensavam em se casar, construir uma família e confesso que já sou do tempo em que as mulheres sonhavam em trabalhar, em seguir alguma carreira de verdade... E não venha me falar que ser Mulher Fruta é carreira, desculpe se estou sendo ignorante, mas aonde vamos parar quando a maioria das mulheres estiverem dentro de um sacolão expostas na prateleira e à venda? Não sei nem se existe tanta fruta no mundo assim para denominar tantas mulheres, mas isso também não será problema, até pelo fato de que tem mulher que prefere ser vista como proteína, aí já vira logo um pedaço de bife.Bom, hoje é sábado, a noite já chegou e como é o tipo de noite aonde tudo pode mudar, vou ligar para algumas pessoas, ver se vou sair com os amigos, se vou namorar um pouquinho, afinal sou filho de Deus, mereço um carinho...
Para todos desejo uma boa noite, talvez amanhã estaremos juntos aqui novamente, aos homens assim como eu, alerto para terem cuidado, vai que a mulher deliciosa e fantástica de hoje, se torna uma uma fruta podre amanhã?


Anderson.

Se afogue de bons sentimentos...

Olá pessoas felizes, fim de mais um dia chuvoso no Rio de Janeiro, não sei aonde vamos parar com tanta água assim... Bom espero que ninguém se afogue.
Neste texto abaixo, esse que fala do amor, pude colocar alguns itens sobre o que eu penso desse sentimento, quando fiz esse texto não me recordo qual foi minha intenção, se estava apaixonado, se foi para alguém ou apenas para mim. Enfim, já faz bastante tempo que escrevi esse texto que para mim é dos meus preferidos, uma espécie de xodó da minha literatura, vamos dizer assim. Enfim, acho que o destinatário, a intenção real e o tempo de vida deste texto pouco importa, até pelo fato de que acredito muito na história de que não há necessidade de um destino para os sentimentos, o importante é que os remetentes aumentem e assim uma quatidade maior de sentimentos possam ser transmitidos, como da mesma forma não vejo necessidade de explicar ou definir uma intenção para tal coisa, basta fazermos e despejar isso na vida das pessoas... Se for algo bom, faça isso, derrame sentimentos bons na vida do seu semelhante, mesmo que isso tenha nascido há tempos, o tempo é o de menos nesse caso, nessa hora o tempo não diz nada, até porque de acordo com o próprio tempo, tudo se renova. Sendo assim, vamos renovar nossos sentimentos mais valiosos e fazer com que o povo se afogue através deles e não diante dessa quantidade imensa de água que anda caindo na cidade que dizem ser maravilhosa.


Anderson.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

O amor

Palavra fácil, pequena, sentimento dificil, complexo e imenso.
O amor é colorido aos meus olhos, tem do amarelo a alegria, do branco carrega a paz que buscamos sempre, do preto o amor pode ser obscuro e até oculto, no rosa encontramos a sensibilidade de quem ama, de quem sente o detalhe, no vermelho o amor se cruza diretamente com a intensidade da paixão.
O amor não tem cor definida, na verdade não tem pai nem mãe, é forte e bonito, mas com ele descobrimos certas fraquezas em nosso interior... O amor é perdido sim, mas uma coisa é certa, sozinho ele nunca está.
O amor é o maior dos sentimentos e para se tornar assim tão grande, tão complexo, somente sendo composto por outros determinantes sentimentos... Estes que ao se unirem são capazes de mudar o mundo, só que para essa mudança ocorrer é necessário que as pessoas entendam o verdadeiro significado do amor, pois somente com amor dentro de nós vamos ter capacidade para iniciar uma mudança mundial, pois na verdade toda mudança deve ser feita inicialmente internamente por cada um de nós.
O amor é limpo e puro, quem ama transmite verdade e transparência e acima de tudo, quem ama algo ou alguém, já pode se considerar uma pessoa feliz, pois tudo que fazemos com amor fica mais belo aos olhos de quem nos vê.
O amor está dentro de nós, muitas vezes escondido, fechado, ele nasceu conosco e morrerá conosco, porém o amor nunca morre, no máximo adormece, pois ao contrário de nós... O amor é para sempre, por toda vida existirá o amor.
O amor pode ser pobre ou rico, não importa, simplesmente por ser amor, ele já se torna valioso, mesmo qaundo não tem nem abrigo, não precisa de moradia certa, ele mora no peito de quem ama e quem ama possui riqueza.
O amor, ah meu grande amor!
O amor é a vida, o amor é a vontade de continuar vivendo nesse mundo perigoso, o amor é a esperança de um mundo melhor, é o medo de que esse mundo nunca melhore.
O amor é Jesus que nos ama com verdade e sabedoria, independente das crenças e religiões de cada um, o amor é único, assim como é Jesus em nossas vidas.
O amor pode estar na fraternidade, pode ser sentido com bondade, carinho, desejo, muitas coisas... O amor é vasto!
O amor é o desejo, é a carne, é a vontade de amar, de querer, não existe espaço para cobranças maiores, é o prazer de amar simplesmente por amar.
O amor é indefinido na verdade, não sei o que é o amor, só tenho certeza de que é necessário tê-lo dentro de nós para que possamos ser felizes, realizar e obter alegrias, construir e modificar, construir e consolidar, é necessário ter o amor para que possamos amar!


Anderson

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Com a chuva veio a explicação...

Olá queridos e queridas, quarta-feira com muita chuva no Rio de Janeiro, um verdadeiro temporal ali fora, essa cidade está um terror! Enfim, não foi para falar do tempo ruim que me sentei aqui em frente ao computador e comecei a conversar com você, na verdade estou aqui pra explicar o motivo desses textos postados e de outros que irão surgir aos poucos no meu blog. Bom, estou trabalhando em um projeto pessoal, estou desenvolvendo um livro, criando coisas para que eu possa estar acrescentando neste projeto. Ainda não sei qual será o gênero do meu livro, mas isso ainda não me preocupa, o que posso adiantar é que meu livro será uma grande viagem pelo interior de meus pensamentos, sentimentos e tudo mais, será como apresentar aos meus leitores a minha visão sobre situações, sobre coisas do cotidiano, sobre pessoas, enfim... Vou falar de tudo um pouco, desde amores aos problemas sócio-culturais do país, vou citar o Lula, mas não vou deixar de falar do Pelé, no meu livro vou contar histórias que eu vivi e histórias que eu apenas vi e ouvi, pretendo contar e criticar, desenvolver e criar... Quero que meu livro seja uma grande viagem sim, mas que dentro dessa grande viagem, possamos viajar novamente e formar outros pequenos passeios pelo nosso interior, quero que através da minha visão os meus leitores possam refletir, possam crescer, possam até me xingar, me criticar também, é claro que podem e devem, só peço que não me encontrem na rua e me batam... mas de resto, podem fazer aos montes, quero que meu livro seja um canal que aumente a comunicação entre seres da mesma espécie como nós...Enfim, acompanhem o blog, pois através dele vamos nos comunicando e nos acrescentando. Agora vou sair daqui, preciso comer alguma coisa, tomara que amanhã o Sol dê o ar de sua graça e coloque a chuva para passear um pouco. Boa noite!

Anderson.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

A safada da sociedade...

Não saberia definir o que penso sobre essa nossa sociedade. Na verdade nem deveria chamar isso em que vivemos de sociedade, até pelo fato de que no “Pai dos Burros” o significado da palavra sociedade caminha totalmente distante daquilo que a mesma representa por aí. Seja no Sudeste, no Norte ou até no Nordeste.
A mentira é grande, o roubo não tem fim, a maldade se faz presente e a verdade fica cada vez mais ausente, tornando as pessoas prisioneiras de si mesmas, prisioneiras uma das outras, elas se acorrentam na nomenclatura de fatos insignificantes, se posicionam de acordo com o tocar da banda, mas não fazem sequer um solo surpreendente, num show que vai cada vez mais se afundando numa piscina na qual o Cazuza já havia dito na década de 80, estar cheia de ratos, com uma sujeira que não se limpa, uma sujeira que contamina a mente fraca e gananciosa dos nossos governantes, estes cada vez mais ricos e sem vergonha.
Vir aqui e soltar o verbo em cima da sociedade, dos governantes, até do povo que não faz muita coisa pra melhorar, é fácil, assumo que na posição que estou aqui, te dizendo e contando histórias é algo muito simples, com caneta e papel na mão sou uma espécie de Super Homem, sim, viro um super herói, minhas ações aqui até podem ser criticadas, mas assim como o nosso querido Clark Kent, também irei obter um final feliz, pois não terei um Lex Lutor que tentará fazer com que eu pare de expor minhas idéias, mesmo que este seja o nosso viajado presidente. Lembre-se, não tenho nada contra as demasiadas viagens do nosso maior membro no planalto, mas é bem verdade que nessas viagens a mala do Lula e da Dona Marise, embarcam com muita coisa e retornam com muito mais coisa ainda, mas o curioso mesmo é que no meio dessas tantas coisas que retornaram junto com aquelas que foram, não encontramos novas formulas de melhorar a economia do país por exemplo.
Enfim, a verdade mesmo é que vivemos rodeados por uma sociedade que vive exalando uma hipocrisia desagradável. A hipocrisia está exposta por aí, são padrões de comportamento impostos desde os primórdios, são maneiras de se sentar à mesa, de segurar o talher, de se vestir e tudo mais. Mas me diga... O homem que vive sujo na rua, que não é visto de maneira positiva pela maioria vai aprender a segurar o talher pra que? Ele nem tem o que comer. Vai se comportar pra que? Ninguém percebe e valoriza sua importância. É meio complicado isso, mas a verdade é que essa desigualdade, essa vida hipócrita que nos submetemos é uma grande sacanagem que a sociedade que se diz puritana, vai fazendo a cada dia. Qual é a diferença entre a Garota de Programa que pelo horário deve estar ali na Atlântica ganhando um trocado, para a donzela rica e bem nascida que andou trepando com funcionários do Copa Palace em um dos banheiros do hotel, enquanto no salão nobre rolava uma grande festa nada padronizada de acordo com o que se entende de padrão social? Desculpe, mas a única diferença é que quem tinha a grana nessa transa era a donzela que se doava com carinho e prazer para os dois homens trabalhadores. Que caridade!
Bom, não estou aqui pra dizer quem é certo, quem é errado, só não vou ficar nessa achando que quem deu mais é safado e que quem deu menos é puro... A verdade é que de puro a sociedade tem quase nada, de safada tem quase tudo.


Anderson.

O cão parou de falar com o homem...

Pois é amigos, era só o que faltava! Faz umas duas semanas que li um relato muito interessante de um cão da raça Dog Alemão, neste relato o cão que se chamava Albert, dizia estar muito magoado com o seu melhor amigo, ao que me pareceu o cão estava em lágrimas enquanto escrevia seu texto e muito abalado também, eu diria até decepcionado...
Albert colocou em suas palavras a sua indignação com o amigo que assaltou uma velhinha em plena Avenida Atlântica, numa terça-feira de Sol e muita gente na rua, mas Albert ainda citou sua dor ao relembrar o caso do menino João Hélio, que foi arrastado por um carro pelas ruas da cidade, sem falar quando o cão tocou no assunto Brasília, aonde nossos governantes brincam de desgovernar o país, fazendo com que o povo passe a ser suas marionetes.
Confesso que fiquei emocionado com o relato do Dog Alemão, que mesmo sendo um “gringo” para nós, demonstrou preocupação e carinho com o nosso país, é triste ver um cão assim, decepcionado com as atitudes daquele que de forma simples ganhou sua amizade e confiança, é duro e vergonhoso ver um cão enxergando as verdades que os humanos fazem questão de não ver.
Albert ao terminar seu relato, declarou que não pensa mais em se comunicar com seus amigos, pois segundo o próprio cão, a amizade com os ratos estava sendo mais interessante e transparente, sem decepções. Albert foi o primeiro, daqui a pouco outros cães podem tomar atitude igual e aí eu quero ver, os humanos estão se matando entre si e a única esperança para quem matou mais e sobreviveu no fim, eram os fiéis amigos cães. Pois é, mas estes já estão preferindo os ratos.


Anderson.

Não é proíbido se comunicar...

O ser humano deveria observar com mais atenção e carinho aquilo e aqueles que estão a sua volta. Vejo pessoas voltando para casa, sentadas, dentro de um ônibus que enfrenta um engarrafamento imenso nas avenidas das grandes cidades. Percebo que as pessoas não se comunicam não se expressam tanto como poderiam e talvez esse seja mais um dos motivos para tanta guerra política, tanta guerra urbana.
As pessoas pouco se falam, logo não se entendem, é difícil ver pelas ruas um simples “bom dia”, um cumprimento normal, imagine então conversar com alguém que nunca se viu antes? Completamente ou quase impossível de se ver por aí. Enfim, até entendo que pode parecer estranho, do nada ir falando pela rua com outras pessoas que nem conhecemos, mas também nunca soube de que tal ação é algo proibido por lei.
Abordar alguém e lhe dizer uma simples palavra de conforto, um simples conversar não pode ser visto de maneira tão assustadora, realmente entendo que aquela velha máxima de que não se deve falar com estranhos é até interessante e uma bela forma de se proteger deste mundo perigoso e cada vez mais temível, mas também não dar oportunidade para que o outro se aproxime e lhe transmita algo que pode ser proveitoso, é algo meio radical demais, já imaginou que uma simples palavra de um ser jamais visto por você pode ser a salvação do seu dia? Pode ser a solução para os seus problemas? Vai que em determinado dia você acordou com vontade de se jogar da ponte ou simplesmente acordou se sentindo a pior das criaturas? Enfim, uma palavra de carinho, uma conversa informal, até pode te ajudar em momentos difíceis, pode ser realmente algo muito estranho, muito louco, mas no meio de tanta violência, de tanta loucura em busca da fama, do sucesso, com a vaidade rolando solta por aí e tanta coisa feia se firmando nesta vida tão bela, acho que se aproximar de nossos semelhantes, falar com eles e lhe dizer coisas boas, já é um inicio para que o entendimento entre seres da mesma espécie evolua, já seria um grande passo para que no lugar da discórdia, do rancor, seja transmitido um pouco de carinho e um tanto de amor.
Não importa de onde vem a mensagem, seja ela de onde for, o que vale é a maneira como ela chega até você e ainda digo mais, só o fato de estar recebendo alguma mensagem que te dê força, que te ajude a continuar caminhando por essa estrada de espinhos que é a vida, já é algo muito produtivo, gratificante, enriquecedor.
A transmissão de bons pensamentos, de idéias inteligentes e de sentimentos puros, é algo que não se deve questionar, se entender muito, a melhor coisa a fazer é aceitar esse tipo de coisa, que acontece muitas vezes de maneira natural, simples e verdadeira. Enfim, acredito nisso, acho sim que essa coisa de falarmos com o próximo pode começar a resolver um monte de questões em nossa sociedade cada vez mais triste. Vejo a falta de comunicação entre os humanos como um dos grandes fatores que fazem a vida deixar de ser tão bela como ela é.
Bom, acredite! Você tem força suficiente para colorir o mundo com uma tonalidade mais branda e suave. Vamos lá! Você é capaz, faça acontecer! Modifique! Seres humanos possuem dentro de si uma enorme força, uma enorme e importante influência sobre seus semelhantes, mas muitas vezes usam essa força de maneira errada, experimente iniciar uma mudança em si mesmo, olhe-se no espelho, mas não enxergue somente o que está refletindo ali, procure encontrar suas virtudes que podem estar perdidas em seu interior, tente notar suas lacunas vazias e esteja certo de que você é capaz de completá-las em breve, vá em frente, não pare, transmita sorrisos, sua alegria pode ser derramada sobre a vida de uma pessoa que é desconhecida, mas que também, está triste e precisa de você em determinado momento. Mudar os outros não é o melhor caminho, reclamar, esperar mudanças do outro lado da rua não é a melhor maneira de resolver as coisas, pois a verdadeira mudança tem que começar com a gente, temos que mudar, nos corrigir, pois aí sim, essa nossa mudança interna será remetida aos outros que estão ao nosso redor.


Anderson.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Agora eu tenho um Blog

Bom, essa é minha primeira postagem aqui e confesso ainda estar meio perdido, nunca havia tido contato maior com esse lance de blog, mas alguns amigos meus falaram tanto desse negócio que resolvi conhecer melhor, até pelo fato de que me disseram também que através do blog poderia encontrar uma meneira de expor muito do que penso, algumas idéias e é claro, aquilo que sinto.
Enfim, estou aqui, entrando para essa família... espero que possamos trocar idéias e debater assuntos de acordo com as postagens e comentários sobre as mesmas.

Desejo à todos uma semana de paz.

Anderson.