terça-feira, 3 de março de 2009

Ainda em Paris...

Depois de algumas observações, de percepções que tive sobre o momento do nosso país, realmente disse para mim mesmo: “Preciso do Louvre para me acalmar.” E naquele mesmo dia, no qual estava em São Paulo, já quase no fim da tarde, embarquei para Paris. Chegando lá fui para o mesmo hotel em que fico desde 1998 quando estive por lá para assistir aos jogos da Copa do Mundo da França. Confesso que exausto não tive forças para mais nada, tomei um banho e logo caí na cama, dormi como uma criança levada que fez arte o dia inteiro e só acordei no dia seguinte.
Naquela manhã estava disposto e de encontro com a minha disposição recebi logo no café da manhã um convite de uma moça muito bonita, ela estava sentada por perto, veio até minha mesa e me convidou para fazer parte do grupo de brasileiros que estavam mostrando os pontos turísticos aos franceses. Era um projeto interessante do hotel naquela época do ano, fazer com que Paris fosse mostrada ao seu próprio povo pelos olhos dos turistas. Como estava disposto naquele dia e cheio de vontade de não pensar no Brasil, logo aceitei o convite da tal moça, ela se chama Justine, uma francesinha linda que mais tarde com muita conversa me levaria para a cama com todo aquele seu charme e beleza retratada em seu corpo. Mas isso não vem ao caso agora, desculpe, é que acabo me deixando levar pelas emoções mais calorosas e Justine foi sim, uma mulher muito fervorosa nessa minha passagem por Paris.
Ao terminar o café da manhã, logo me posicionei diante dos outros monitores do projeto, fui apresentado e logo fomos ao trabalho, mas para mim aquilo era uma diversão sem custo e a oportunidade de saber mais sobre aquela mulher que com ousadia veio me convidar para passear ou trabalhar, ah sei lá!
Saímos do hotel e fomos caminhando, Justine falava muito e rápido o que me atrapalhava a entender, pois ela fala francês, diferente de mim que falo um pouco disso, um pouco daquilo, arranho um tanto do outro e assim vou me virando. Mas Justine não, ela possui uma imponência, um atrevimento, um modo de agir, uma atitude no falar que estava me deixando encantado. Talvez seja aquela velha história de que todo homem na verdade quer uma mulher que mande nele, talvez tenha sido isso, pois desde inicio Justine mandou e desmandou em mim, me fez de gato e sapato, mas não me maltratou, calma não pensem que ela me usou.
Ela foi fantástica, comandou com maestria o passeio, depois me convidou para almoçarmos, mas eu já havia percebido que seus convites eram na verdade decretos, como sou obediente e sei respeitar os desejos de uma bela mulher, logo me vi pedindo um bom vinho para tomarmos enquanto o prato principal não chegava à mesa. Foi assim que na suavidade do vinho, notei a sensibilidade no olhar daquela mulher de capa dura, ela tinha atitude nas palavras, mas não deixava apagar a doçura de seus lábios. Ela me mandava chamar o garçom, mas na hora de trocarmos os primeiros toques, ela me pediu carinho, mas nem por isso deixou de controlar a situação, pegou minha mão e a conduziu até seu rosto, fazendo com que eu tocasse seus lábios que não me parecia nada frio, sem falar, sem mandar, ela me levou, ela me conduziu com a atitude de sempre até seu corpo.
Com a garrafa de vinho nas mãos me levantei da mesa e demonstrei que iria assumir o controle da situação, tentativa inútil de me ver no controle da nave da sedução, na mesma hora que me viu em pé, Justine já estava me puxando pelas mãos, estávamos no corredor do meu andar, indo em direção a minha porta, mas sem que houvesse uma ordem em bom som, minha boca foi aquecida pelo calor da boca daquela francesinha linda, ali mesmo nos beijamos, ali mesmo Justine tirou minha camisa e só não me teve por inteiro ali no corredor pois no fundo ela não quis me ter ali, ou você duvida que se ela quisesse me teria em qualquer lugar de Paris?
Ao entramos no quarto logo estávamos na cama, entrelaçados por todo sentimento, dos mais doces aos mais apimentados, dos mais puros até aos mais safados, a cada toque, a cada olhar, ela ia me dizendo o que fazer com ela, não que eu precisasse nessa altura da vida de uma professora sexual, mas apenas porquê ela queria ter o controle e eu como um bom aluno me permitia receber os ensinamentos e ser conduzido por ela.
Após passarmos a tarde toda fazendo amor, Justine já dormia em meus braços. Nessa hora ela não mandava, não me levava, era apenas a doce menina, despida, com sua pele macia encostada no meu corpo, com seu corpo vulnerável aos meus toques, aos meus desejos. Justine dormia com o semblante suave, com a verdade estampada em seu rosto, uma verdade que dizia que controlar não é uma questão de querer e sim uma questão de saber entender a arte que existe em você. Justine me ensinou muito, não a fazer sexo, mas certamente me ensinou que um simples passeio pelas ruas de Paris, pode se transformar numa bela e especial tarde de amor, com muita volúpia no sexo, com tesão se misturando à intensidade da paixão.
Minha passagem por Paris estava apenas começando, era o inicio de uma aventura, de uma viagem inesquecível.
Após algumas semanas na capital Francesa, sendo guiado e conduzido pelos desejos mais profundos de Justine, já estava bem à vontade, é fácil para obter uma rápida adaptação quando se trata de Paris. Suas histórias, sua arte, museus, ruas significativas, bares e restaurantes, todo esse conjunto me cativa, me acolhe, me chama para si, Paris é uma espécie de imã para quem sabe apreciar um bom vinho, uma bela paisagem e pessoas com histórias distintas e bem simples, mas que ao serem contadas se tornam tão semelhantes aos mais belos contos dos grandes escritores. Logo se tornam histórias especiais.

Anderson

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